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segunda-feira, junho 24, 2024

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Biópsia do figado: para que serve, como é feita e recuperação

Biópsia do fígado é um exame em que é retirada uma pequena amostra do fígado para que seja analisado e seja possível investigar alterações nesse órgãos, como hepatites, cirrose, doenças sistêmicas que afetam o fígado ou, até mesmo, câncer.

Este procedimento, também chamado de biópsia hepática, é realizado no hospital, pois a retirada da amostra do fígado é feita com uma agulha especial, em um procedimento que é similar a uma pequena cirurgia e, embora raros, podem haver alguns riscos, como sangramento.

Leia também: Doenças hepáticas: o que são, sintomas, tipos e tratamento


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Geralmente a pessoa não fica internada e volta para casa no mesmo dia, embora seja preciso ir para o hospital acompanhado, porque é necessário repouso e não poderá dirigir depois da biópsia.

Para que serve

A biópsia do fígado serve para:

  • Avaliar hepatites crônicas, em caso de dúvidas sobre o diagnóstico ou gravidade da doença, podendo também identificar a intensidade do dano ao fígado
  • Avaliar doenças que causam depósitos no fígado, como hemocromatose, que causa depósito de ferro, ou doença de Wilson, que causa depósito de cobre, por exemplo;
  • Identificar a causa de nódulos hepáticos;
  • Investigar a causa de hepatite, cirrose ou de insuficiência do fígado;
  • Analisar eficácia da terapêutica para o fígado;
  • Avaliar a presença de células cancerígenas;
  • Analisar o fígado de um possível doador e investigar a suspeita de rejeição ou outra complicação após transplante do fígado.

A biópsia hepática costuma ser indicada pelo médico quando são observadas alterações nos exames que avaliam o fígado, como dosagem de enzimas hepáticas, níveis de bilirrubinas, tomografia e ultrassom, por exemplo. Conheça mais sobre os exames que avaliam o fígado.

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Preparo da biópsia do fígado

Antes de realizar a biópsia do fígado, o médico pode recomendar a realização de jejum, de cerca de 6 a 8 horas.

Além disso, é orientado suspender a utilização de remédios que podem interferir com a coagulação do sangue, por cerca de 1 semana, como anti-inflamatórios, anticoagulantes ou AAS, por exemplo, o que deve ser feito de acordo com a orientação médica.

Como é feita

Para fazer a biópsia do fígado, o médico utiliza uma agulha específica para esse procedimento para tentar remover uma amostra com o mínimo de lesão possível para o órgão, sendo realizada sob anestesia ou sedação.

Na maioria dos casos, a agulha é inserida através da pele até o fígado. No entanto, é possível também obter acesso ao fígado para realizar a biópsia por meio da veia jugular ou durante a realização de cirurgia laparoscópica, porém são formas menos comuns.

De forma geral, exames como a ultrassonografia ou a tomografia computadorizada são utilizadas como guia para localizar a área que se deseja atingir, de onde será coletada a amostra. O médico retira cerca de 3 amostras e o procedimento demora por volta de meia hora, a depender de cada caso.

Em seguida, as amostras serão analisadas no microscópio para avaliar a presença de alterações nas células.

Como é a recuperação

Depois da biópsia do fígado, a pessoa precisa permanecer no hospital em observação por cerca de 4 horas para que seja monitorado e avaliado e, depois, pode ir para casa.

A pessoa deve sair do hospital com um curativo na parte lateral do abdômen, dependendo do tipo de procedimento, que deve ser retirado depois de 2 dias, em casa, após uma cicatrização segura.

Antes de retirar o curativo deve-se ter o cuidado de não molhar a gaze e verificar se ele está sempre limpo, e caso haja a presença de sangramentos, pus na ferida, febre, além de tontura, desmaios ou dor intensa, é indicado ir ao médico para que seja feita uma avaliação.

Para aliviar a dor e o desconforto o médico pode recomendar que tome um analgésico, e não é recomendado fazer esforços durante 24 horas após o procedimento.

Possíveis complicações

Apesar da biópsia do fígado ser um procedimento seguro e raramente existirem complicações, é possível podem surgir hemorragia, perfuração do pulmão ou da vesícula biliar e infecção no local da inserção da agulha, sendo importante voltar ao médico em caso de vermelhidão no local, presença de pus, sangramento excessivo e febre.

Imagem do autor

Médica do serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, em Portugal, com CRM-CE nº 16976 e Ordem dos Médicos Portugueses nº 69634.





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Bibliografia
  • Sousa, Ana C. et al. Biópsia Hepática Percutânea: Segurança e Utilidade em 137 Procedimentos Consecutivos. REVISTA DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE MEDICINA INTERNA. VOL.23, N. 4; pp. 11-15, 2016.
  • HEPCENTRO. Biópsia Hepática Percutânea. Disponível em: < Acesso em 07 mai 2020
  • MSD MANUALS – VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE. Biópsia hepática. Disponível em: < Acesso em 07 mai 2020

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